O projeto pesquisava a campanha Diretas-Já durante os períodos de 1983 a 1984 e a história da imprensa na redemocratização do Brasil. A Lei de Anistia completou 40 anos em 28 de agosto de 2019, em meio à nefasta difusão do negacionismo referente ao período traumático e conflituoso da Ditadura instaurada pelo Golpe de 1964.Nos termos em que foi aprovada, a lei contribuiu para o silenciamento quanto às torturas e aos demais crimes cometidos pelo Estado. Se o silenciamento permitiu a construção de um  imaginário social sobre o período frequentemente distorcido, as páginas  desses jornais (O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil, O Globo, Tribuna da Imprensa e Correio Braziliense), em circulação na época, apresentam fragmentos das intensas disputas envolvidas no processo que resultou na Anistia. Revisitar aquele período através do que se publicou entre 15 de agosto e 15 de setembro de 1979 permite a compreensão das disputas, narrativas e interesses que moldaram o processo histórico de maneira a instrumentalizar e qualificar o debate contemporâneo, bem como ensejar discussões que possibilitem a análise crítica e, consequentemente, o enfrentamento dessas memórias.